segunda-feira, 31 de julho de 2017

PINKING: Uma nova categoria de vinho

O vinho 'Castelo Rodrigo Pinking 2016', da Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo, nasceu do que se pensou inicialmente ser um “defeito” de produção...
O Pinking é conhecido como o processo de aparecimento de uma cor rosa-salmão em vinhos produzidos exclusivamente de uvas de castas brancas. É um processo natural que está relacionado com as condições climáticas e que dá agora nome a esta nova categoria de vinhos, apresentada com o vinho Castelo Rodrigo Pinking 2016, um DOC exclusivamente vinificado a partir da casta Síria da Região da Beira Interior, Portugal. “No fundo transformámos um defeito numa nova categoria de vinhos, que irá para o mercado a par dos brancos, tintos e rosés”, acrescentou a enóloga da Adega Cooperativa.
Uma investigação com origem na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) identificou esta categoria de vinho "nova" e "única no mundo", o "Pinking".
Segundo explicou a UTAD, localizada em Vila Real, o "Pinking" teve origem num trabalho de investigação de mestrado em Enologia, tem já pedido de patente nacional e internacional.
"O que se pensou inicialmente ser um defeito de produção, afinal deu origem a uma nova categoria de vinho única no mundo", afirmou, Jenny Silva, enóloga da Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo, em um comunicado.
Foi esta especialista que, em 2014, como estudante de mestrado de Enologia na UTAD, identificou o fenômeno "Pinking" em conjunto com Fernando Nunes e Fernanda Cosme, docentes e investigadores do Centro de Química da UTAD.
Trata-se, de acordo com Fernando Nunes, de um "defeito" historicamente conhecido pelo processo de "aparecimento de uma cor rosa-salmão em vinhos produzidos exclusivamente de uvas de castas brancas".
"É um processo natural e está relacionado com as condições climáticas, nomeadamente a temperatura média dos dez primeiros dias do mês de outubro, processo coincidente com o final de maturação das uvas brancas nesta região", explicou.
São precisamente estas condições que tornam, segundo o investigador, esta categoria de vinho "tão rara e passível de não poder ser produzida todos os anos, já que, em caso de temperaturas médias altas ou pluviosidade neste período, o fenômeno não ocorre ou ocorre em menor escala".
Esta "nova categoria de vinho", que adotou o nome do fenômeno, foi lançada no último dia  07 de julho pela Adega Cooperativa Figueira de Castelo Rodrigo, que, entretanto adquiriu a patente à UTAD, e tem precisamente como enóloga responsável Jenny Silva.
O vinho Castelo Rodrigo Pinking 2016 é um DOC, exclusivamente vinificado a partir da casta branca 100% Síria, seu aroma frutado e boca equilibrada com final harmonioso. Seu consumo deve ser imediato ou até 2 anos, em local fresco ao abrigo da luz. Harmoniza-se bem com pratos de peixe, marisco e carnes brancas, deverá ser servido a 10ºC.
O processo foi publicado na revista científica internacional "Journal of Agricultural and Food Chemistry" e, segundo a UTAD, está despertando interesse de produtores italianos, confrontados com o mesmo problema.
"No fundo transformamos um defeito numa nova categoria de vinhos, que irá para o mercado a par dos Brancos, Tintos e Rosés", concluiu a enóloga.

sábado, 29 de julho de 2017

UMA BEBIDA SABOROSA, REFRESCANTE E ENVOLVENTE

O novo lançamento da Bacalhôa Vinhos de Portugal, o Casal Mendes Sparkling Blue, é um espumante que, segundo a marca, foi criado para “satisfazer o desejo e a procura por uma bebida mais saborosa, refrescante e envolvente, para partilhar com amigas e amigos”. Trata-se de uma bebida à base de vinho “moderna e irreverente pelo seu sabor ligeiramente doce, aspeto e conceito diferenciador, pelos momentos que deseja criar e principalmente pela sua cor.”.
Tem uma linda cor azul celeste, na boca é ligeiramente ácido, o que lhe confere frescura. A acidez refrescante é complementada pela cremosidade do gás e pelos sabores florais e com final de boca suavemente adocicado.
É um espumante ideal para se beber sozinho ou acompanhado de saladas leves, massas ou sobremesas. Esta bebida deverá ser servida a temperatura de 7ºC, seu teor alcoólico é de 10º, sua origem é a região da Península de Setúbal, Portugal. 
Seu preço aproximado é de quatro euros, vale à pena, experimentar, principalmente em um dia de quente.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

UM BOM VINHO PARA SE RECOMENDAR...

O Meia Encosta Dão Branco é um vinho branco português, límpido e citrino, da região do Dão. O seu aroma é intenso, elegante e com presença de frutos exóticos e menta. Na boca é volumoso, com um caráter frutado marcante apresentando-se em perfeito equilíbrio com a acidez que lhe confere a frescura e tipicidade dos vinhos portugueses do Dão.
Sua cor Clara, amarelo pálido, seu frutado, elegante e mineral.
Suas castas são Malvasia Fina, Encruzado, Bical, Fernão Pires.
Este vinho se harmoniza muito bem com pratos leves, saladas, peixe e marisco.
Seu preço aproximado é de R$ 40,00 no Brasil ou uns 4 Euros em Portugal.
Dão MEIA ENCOSTA branco é bom, vale à pena experimentar.


segunda-feira, 17 de julho de 2017

SALADA DE FRUTAS AO VINHO

Uma boa salada de frutas deve ser boa, variada, com diversas cores (amarela, vermelha e verde).
Podendo levar além das frutas, frutos secos como amêndoa para dar crocância, adoçar com açúcar ou mel, ervas aromáticas como hortelã e vinhos, podendo ser um moscatel, Porto ou branco doce.
Importante é ter equilíbrio de sabores. Antes de iniciar a salada deve lavar cuidadosamente, descascar e descaroçar a fruta selecionada. Corte as frutas aos pedaços, para dentro de um recipiente fundo, todas as peças de fruta. Caso incorpore frutas que tendem a oxidar como pera, maçã, banana deve salpica-la com sumo de limão.
Uma dica de salada de frutas ao vinho.
Dois Pêssegos;
Dois Kiwis;
Duas maçãs;
Duas laranjas;
Uma romã;
Um Limão em sumo;
Hortelã;
Vinho branco doce;
Açúcar.
Lave, descasque e corte em pedaços os frutos. Regue-os com sumo de limão para não escurecerem. Antes de servir, coloque um pouco de açúcar e regue com vinho branco doce, muito fresco.
Antes de servir leve a salada de fruta a geladeira por alguns minutos.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

VINHO BRANCO: O modo certo de se apreciar

Para se apreciar um vinho branco por completo, convém seguir algumas regras básicas de guarda e consumo.
A maior parte dos vinhos brancos está pronta para serem consumidos imediatamente. No entanto, existem alguns vinhos, como o Quinta da Bacalhôa Branco 2010, que pode ser guardado em garrafeira e no qual se notará uma evolução muito especial no vinho. Geralmente, o vinho que se escolhe para guardar, são os encorpados, eles contém um bom nível de acidez, esta ajuda a conservar o vinho.
Se você tiver um vinho branco para guardar em casa, deverá seguir as seguintes condições:
Ele terá que ficar protegido da luz e de variações de temperatura (entre os 7ºC e os 13ºC).
A umidade do ar deve situar-se entre os 60% e os 75%. Se o local for muito úmido pode colocar blocos de cal para absorver a umidade ou um aparelho desumidificador. Por outro lado, se o lugar for seco, pode se regar o chão pode aumentar os níveis de umidade do local. Uma opção mais cara, mas também mais segura é a garrafeira, tipo "frigorífico", onde a temperatura e umidade são constantes e facilmente controladas.
O espaço deve ser arejado para evitar odores inconvenientes como o cheiro a mofo.
As garrafas deverão ser guardadas deitadas para manter o vinho em contato com a cortiça, evitando desta forma que a rolha seque e que ar entre.
Quanto ao modo de servir, existem as harmonizações clássicas, mas também as mais arrojadas. Podemos combinar os vinhos brancos de acordo com o nosso gosto, tendo, no entanto, o cuidado para não sobrepor ou anular sabores ou aromas.
Vinho branco encorpado - Frango Grelhado, peixes gordos, bacalhau, mariscos com molho.
Vinho branco leve - Peixes magros (robalo, sargo, linguado), tapas, mariscos simples e queijos frescos.
Vinho branco estagiado - Camembert, brie, carnes brancas, aves (assadas, por exemplo), pratos mais intensos de bacalhau.
Entende- se como:
Encorpado: Geralmente é um vinho vinificado com alguma madeira, proveniente de uvas da mais alta qualidade.
Leve: Um vinho que geralmente é vinificado em cubas de aço inoxidável para preservar a frescura e mineralidade do vinho.
Estagiado: Um vinho que passou algum tempo de estágio na sua garrafeira preservado com os conselhos acima mencionados.
Para se apreciar um vinho branco, a temperatura é fundamental:
Vinho branco encorpado: 10ºC a 12ºC
Vinho branco leve: 8ºC a 10ºC
 Vinho branco estagiado: 11ºC a 12ºC/13ºC
O vinho branco requer um copo com o vidro incolor, sem ornamentos ou decorações para facilitar a apreciação visual do líquido. A mão deve pegar no pé e não na parte superior do copo, evitando, desta forma, aquecer o vinho. A capacidade deve ser suficiente para cerca de 6 a 8 centilitros (que deve corresponder a 1/3 do copo) e deve permitir rodar o vinho sem que ele seja derramado. O formato tulipa é o mais recomendado sendo normalmente o seu corpo menor que o de vinho tinto permitindo, desta forma, a concentração dos aromas dos brancos.
Agora, é só apreciar o vinho escolhido. Saúde!

quarta-feira, 12 de julho de 2017

VAI ABRIR UMA GARRAFA DE VINHO ESPUMANTE? Abra da maneira certa e segura

Uma garrafa de vinho espumante é sempre para brindar numa festa, momento mais especial ou simplesmente para saborear este néctar. Tirar o máximo proveito de uma boa garrafa de vinho espumante começa pela sua abertura, portanto vamos explicar a maneira correta de abrir com segurança.
Um vinho espumante deverá ser servido sempre gelado, ao contrário de uma garrafa de vinho comum, o espumante, não necessita de saca-rolha, apenas a destreza das mãos.
Primeiro, coloque a garrafa sobre a mesa, retirando o seu invólucro, sem mexer e nem rodar a garrafa, este invólucro possui uma pequena abertura para simplesmente puxar e facilmente retirar o mesmo. 
O segundo passo, depois de retirado a armação de arame, localize uma pequena patilha de arame na rolha da garrafa de vinho espumante, empurrando-a para baixo antes de desenroscá-la cuidadosamente, para poder libertar e retirar toda a proteção de arame que rodeia a rolha.
Não se esqueça de colocar um pano de prato sobre a garrafa, pois evitará que a rolha dispare sozinha como também servirá de apoio e se derramar não sujará.
Cuidado, direcione a garrafa de vinho para uma área segura, que não possa atingir outra pessoa. Com uma mão na rolha que está enrolada no pano e outra na base da garrafa posta na mesa, comece a rodar cuidadosamente a mesma até sentir que a rolha se está a soltar e ouvir o característico “pow” de uma garrafa de vinho espumante acabada de abrir.
Sirva o vinho espumante imediatamente, para evitar a criação de muita espuma nos copos, coloque o liquido apenas um pouco no fundo e aguarde alguns segundos para as bolhas se afundarem, antes de acabar de encher.
Depois é só se deliciar.
Um brinde à todos! 
Saúde!

terça-feira, 11 de julho de 2017

VINHO DO PORTO: Tradição do Douro

O vinho do Porto, cujas uvas nascem na região demarcada do Douro, é um vinho licoroso e fortificado, com uma média de álcool entre 19 e 22 graus, com a exceção do branco leve seco, com 16,5%, quanto ao sabor podem ser: muito doce, doce, meio seco, ou extra-seco, além de várias nuances. Entre os meses de agosto e outubro, começa a ser fabricado o vinho do Porto, com o corte dos cachos e a apanha da uva no Douro.
Depois de colhidas e selecionadas, são transportadas para a adega onde, numa primeira fase, são retiradas as folhas e escolhem-se os cachos de qualidade antes de serem-lhes retirados os bagos. As uvas seguem para os lagares, onde podem ser pisadas a mando da vontade e energia do homem ou com recurso a máquinas modernas. A pisa permite esmagar as uvas de modo a que estas separem o sumo e a polpa das peles para que, algum tempo depois, se inicie a fermentação.
As uvas mais associadas à produção do vinho do Porto são: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinto Cão, Tinta Barroca, Tinta Amarela e Sousão (tintas); Códega, Malvasia Fina, Gouveio, Rabigato, Moscatel Galego Branco e Viosinho (brancas).
O Consultor de Wine Service For You, Fernando Antunes, explica que a fermentação do vinho do Porto, em média dura dois a quatro dias, é interrompida quando se adiciona aguardente de origem vitícola. É o enólogo que decide a duração da fermentação, tendo em mente, desde o início, o perfil de vinho pretendido. “As leveduras são interrompidas a meio do trabalho, quando estão a transformar o açúcar em álcool, libertando gás natural (não adicionado)”.  Atualmente, e desde 2012, a adição de aguardente oscila entre 60 a 120 litros por pipa (550 litros), conforme o IVDP.
Segundo, o coordenador da formação em enologia na Escola Superior de Biotecnologia da Católica Porto, os vinhos produzidos para envelhecer em garrafa, apresentam uma maior quantidade de taninos, são mais ricos em cor e também mais fortes em termos de estrutura. O segredo está na natureza dos taninos. Existem vinhos do Porto que podem ser guardados com amor e carinho durante 40 ou 50 anos. E, sim, mesmo depois desse tempo todo ainda é possível retirar prazer dos néctares. Logo depois de ser feito o vinho do Porto, não vai para a comercialização, pois a próxima fase é de certificação que tem como objetivo principal manter a qualidade e evitar falsificações. A responsabilidade cabe ao Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), originalmente fundado em 1933, faz parte do Ministério da Agricultura de Portugal e não tem qualquer relação com as casas produtoras de vinho na região.
Por lá passam cerca seis mil vinhos por ano para serem certificados (três mil correspondem a vinhos do Porto e outros três mil são do Douro). Todos os néctares vão aos laboratórios do instituto, uma espécie de CSI dos vinhos, bem como à câmara dos provadores, onde acontece a maior parte das rejeições. O IVDP tem conhecimento de total de produção anual de cada produtor.