quarta-feira, 6 de maio de 2020

ALFACINHA: Um vinho que viaja por Lisboa




Quem são os Alfacinhas?

O termo "alfacinha" é dado para quem nasce na cidade de Lisboa, Portugal e, segundo alguns habitantes da região, o apelido se deve ao fato de serem pacíficos e pequenos.

Outros falam que suas sacadas eram cheias de hortaliças, principalmente alfaces.


Outra explicação diz que os lisboetas são alfacinhas porque, há muitos séculos, as colinas de Lisboa se enchiam de alfaces que era usada para a culinária, medicina e também para a perfumaria. E teriam sido os árabes a cultivá-la, quando ocuparam a Península Ibérica, no século 8 D.C. Esta hortaliça, em árabe, o nome "Al-Hassa" que resultou na palavra "alface", em português.

No ano de 1943, Fernanda Reis, publicou um artigo no Boletim do Grupo Amigos de Lisboa intitulado "Alfacinhas", contando que andou por Lisboa perguntando a razão do apelido. "Explicaram-me que tal soubriquet (apelido) viera aos da capital por serem muito amigos de alfaces e por as comerem exageradamente". No mesmo texto, é que os lisboetas, tal quais as hortaliças, não se movimentavam muito: "Talvez se possa avaliar qualquer coisa de suas antepassadas que viviam como aves de estimação fechadas em casas-gaiola e só usavam de uma liberdade muito reduzida para ir à Igreja, para cumprir o dever de uma visita ou ainda para figurar na romaria devota de uma procissão".

Segundo a revista LX Metrópole, de maio de 2002, especulou que o motivo da designação seria o gosto dos portugueses por "ir às hortas (…) em busca de frescura, da sombra das árvores e do folguedo".

São várias explicações, mas seja porque a cidade, em tempos, era toda ela uma horta de alfaces, no tempo dos mouros, seja por ser conhecidos como presos à sua cidade, ou outro motivo, a questão é que os lisboetas são conhecidos como "alfacinhas". Mas, diante de tantas explicações, a primeira referência sobre o apelido foi feita na obra de Almeida Garret de 1846, intitulada "Viagens na Minha Terra": "Pois ficareis alfacinhas para sempre, cuidando que todas as praças deste mundo são como a do Terreiro do Paço.".


Alfacinha, o Vinho de Lisboa

Os vinhos Alfacinha da região de Lisboa, Portugal, foram criados para homenagear as tradições populares da cidade, aos lisboetas e com a referência de que o vinho nos transportaria em uma viagem dentro de um típico bonde elétrico amarelo, pelas ruas íngremes da capital portuguesa, marcada por suas calçadas portuguesas brancas e negras. "E nos faz sonhar Alfacinha é Lisboa e é de Gema".

Os vinhos Alfacinha são vinhos com um perfil fácil de beber e de agradar diversos paladares.



Vinho Alfacinha Reserva Tinto


Uvas: Syrah, Tinta Roriz & Touriga Nacional.

Cor: Rubi.

Aroma: Compotas de frutas vermelhas e especiarias.

Paladar: Macio, mas encorpado.

Teor Alcoólico: 13,5 %.

Temperatura de Serviço: 16º C a 18º C.

Harmonização: Carne grelhada e Cordeiro.

Enólogos: Carlos Eduardo & António Ventura.



Vinho Alfacinha Tinto

Uvas: Aragonez, Castelão & Touriga Nacional.

Cor: Granada.

Aroma: Frutos vermelhos.

Paladar: Taninos maduros.

Teor Alcoólico: 13 %.

Temperatura de Serviço: 16º C a 18º C.

Harmonização: Carne, carne assada, churrasco e queijos fortes.

Enólogos: Carlos Eduardo & António Ventura.



Vinho Alfacinha Branco

Uvas: Arinto & Fernão Pires

Cor: Citrina.

Aroma: Frutado e Fresco

Paladar: Boa acidez e equilíbrio.

Teor Alcoólico: 12,5 %.

Temperatura de Serviço: 8º C a 10 º C.

Harmonização: Comida japonesa e frutos do mar.

Enólogos: Carlos Eduardo & António Ventura.






Um brinde a todos e muita saúde!

Beba com moderação e não se esqueça de "se beber não dirija e se dirigir não beba"!





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