No trimestre inicial, o valor das exportações de vinhos portugueses
para o mercado brasileiro cresceu 84,5% face ao primeiro trimestre de 2016. Este
aumento não foi derivado do Porto, e sim, de outros segmentos, que tiveram um
estrondoso aumento de 93,5%.
Com esta performance do primeiro trimestre de 2017, Portugal conseguiu
alcançar o segundo lugar dos países de quem o Brasil mais importa vinho,
estando agora com uma quota de mercado de 15,4%. Ainda em primeiro lugar, os vinhos Chilenos
lideram as importações, com queda de 10% graças, ao crescimento do vinho
Português.
Como afirmou Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal: “Não há
milagres nem coincidências”. “Há um conjunto de factores, alguma persistência e
trabalho, a começar pelo facto de o trabalho de promoção e de divulgação ter
sido uma constante”, explica Monteiro. “Esforços da ViniPortugal, das Comissões
das Regiões demarcadas, como o Alentejo, o Dão ou Setúbal, e também o Instituto
dos Vinhos do Douro e do Porto. Mas também outros efeitos”, como o bom momento
do turismo e da imagem de Portugal no mundo. “Portugal está na moda”, comenta
Jorge Monteiro.
O fato de Portugal ter conseguido “derrotar” países históricos na
importação brasileira, como: Argentina, Itália e França é já “uma excelente
notícia”, comenta Jorge Lucki, crítico de vinhos no jornal Valor Econômico, de
São Paulo.
Antigamente, a fama do vinho português era restrita ao do Porto do fim
das refeições, aos verdes muito ácidos, a referências dos anos 1990 como o
Periquita, o Mateus Rosé e o Dão Grão Vasco, ao de sobremesa como o moscatel de
Setúbal, além de um ou outro alentejano. Não apenas os do Douro, mas também os
das regiões que surgiram, como Lisboa e Tejo, que substituíram as antigas
Estremadura e Ribatejo, também regiões que se aprimoraram como o Alentejo e a
Bairrada. Os vinhos portugueses tornaram-se mais finos, mais elegantes, de um
frescor na boca que fazem sentido em país de temperaturas altas no verão. Os
vinhos verdes, no Norte de Portugal, são um bom exemplo dessa transformação. O
sorridente Alvarinho, por exemplo, já teve fama de vinho mais barato no paladar
do que no preço. Agora, está cada vez mais apurado, delicado e saboroso, graças
à modernização das plantações e das produções. Lembrando que o consumo per capita
no Brasil é muito baixo, apenas dois litros por habitante, há muito para
crescermos em consumo.
Portanto, experimente o vinho Português, certamente é a melhor forma do Brasil descobrir Portugal.
Portanto, experimente o vinho Português, certamente é a melhor forma do Brasil descobrir Portugal.
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