sexta-feira, 16 de junho de 2017

PORTUGAL: O segundo maior exportador de vinho para o Brasil


No trimestre inicial, o valor das exportações de vinhos portugueses para o mercado brasileiro cresceu 84,5% face ao primeiro trimestre de 2016. Este aumento não foi derivado do Porto, e sim, de outros segmentos, que tiveram um estrondoso aumento de 93,5%.
Com esta performance do primeiro trimestre de 2017, Portugal conseguiu alcançar o segundo lugar dos países de quem o Brasil mais importa vinho, estando agora com uma quota de mercado de 15,4%.  Ainda em primeiro lugar, os vinhos Chilenos lideram as importações, com queda de 10% graças, ao crescimento do vinho Português.
Como afirmou Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal: “Não há milagres nem coincidências”. “Há um conjunto de factores, alguma persistência e trabalho, a começar pelo facto de o trabalho de promoção e de divulgação ter sido uma constante”, explica Monteiro. “Esforços da ViniPortugal, das Comissões das Regiões demarcadas, como o Alentejo, o Dão ou Setúbal, e também o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto. Mas também outros efeitos”, como o bom momento do turismo e da imagem de Portugal no mundo. “Portugal está na moda”, comenta Jorge Monteiro.
O fato de Portugal ter conseguido “derrotar” países históricos na importação brasileira, como: Argentina, Itália e França é já “uma excelente notícia”, comenta Jorge Lucki, crítico de vinhos no jornal Valor Econômico, de São Paulo.
Antigamente, a fama do vinho português era restrita ao do Porto do fim das refeições, aos verdes muito ácidos, a referências dos anos 1990 como o Periquita, o Mateus Rosé e o Dão Grão Vasco, ao de sobremesa como o moscatel de Setúbal, além de um ou outro alentejano. Não apenas os do Douro, mas também os das regiões que surgiram, como Lisboa e Tejo, que substituíram as antigas Estremadura e Ribatejo, também regiões que se aprimoraram como o Alentejo e a Bairrada. Os vinhos portugueses tornaram-se mais finos, mais elegantes, de um frescor na boca que fazem sentido em país de temperaturas altas no verão. Os vinhos verdes, no Norte de Portugal, são um bom exemplo dessa transformação. O sorridente Alvarinho, por exemplo, já teve fama de vinho mais barato no paladar do que no preço. Agora, está cada vez mais apurado, delicado e saboroso, graças à modernização das plantações e das produções. Lembrando que o consumo per capita no Brasil é muito baixo, apenas dois litros por habitante, há muito para crescermos em consumo.
Portanto, experimente o vinho Português, certamente é a melhor forma do Brasil descobrir Portugal.

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