quarta-feira, 14 de junho de 2017

VINHO DOS MORTOS: HISTÓRIA E TRADIÇÃO

O “Vinho dos Mortos”, da região de Trás-os-Montes em Bragança, Norte de Portugal, foi criado de forma acidental devido a Guerra Peninsular quando por volta de 1808 os franceses invadiram a região.
Na época, com medo das tropas francesas saquearem e tomarem seus bens conseguidos a duríssimos custos, os portugueses desta região resolveram escondê-los enterrando o que conseguissem. Inclusive seus vinhos.
Os vinhos foram enterrados, em uma “cova rasa”, no chão das adegas e dos porões das casas, nas pastagens e nas plantações de uvas e ali permaneceram até os franceses serem expulsos pelos ingleses ao fim da invasão.
Após a expulsão dos franceses, a população desenterrou seus bens e seus vinhos.
Os vinhos foram desenterrados de seus “túmulos”, sem esperança de sabor e qualidade, mas para surpresa não estragaram, mas a verdade é que estavam melhores.
Na escuridão de seus “túmulos” os vinhos adquiriram um novo sabor, um novo aroma, uma nova coloração e com um gás natural, devido à ocorrência de uma segunda fermentação na escuridão e a temperaturas naturalmente controladas.
Assim, quando desenterrados de seus “túmulos”, nascia um novo vinho: o “Vinho dos Mortos”.
E apesar do nome mórbido, é perfeito para brindar sem medo ou espanto, principalmente no verão, pois é muito leve.
Até hoje, em poucas vinícolas, o “Vinho dos Mortos” é feito de forma artesanal através do mesmo processo de sua descoberta, mantendo viva a tradição.
As uvas utilizadas na produção são: Alvarelho, Bastardo, Malvasia Fina, Tinta Carvalha e Tinta Coimbra.  As uvas Alvarelho e Malvasia são uvas brancas, mas o vinho final é um tinto de corpo leve e alta acidez.
Geralmente, o vinho termina em um nível baixo de álcool por causa do clima do norte de Portugal, sua produção é de apenas 6.500 garrafas e seu preço unitário varia em torno de 10 (dez euros).
Esta ideia inspiraram os franceses, já que durante as invasões dos alemães, na segunda guerra, também fizeram de tudo para esconder os seus preciosos néctares das garras do invasor.
Um brinde a vida com o “Vinho dos Mortos”... 


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