A descoberta em escavações arqueológicas de grainhas de uvas em
Mértola reforça a tese do cultivo da uva. A referência está documentada e
integra-se no trabalho que o arqueólogo Cláudio Torres realizou em Mértola nas
últimas décadas, sendo que os vestígios de uva foram encontrados em uma casa
dos séculos XII-XIII.
Suas terras recuperam a tradição do cultivo da vinha e mostram que
este terreno aos pés do rio Guadiana tem o que é preciso para fazer vinhos de
qualidade, onde branco e o tinto Discórdia estão entre os pioneiros.
A Herdade Vale de Évora, na região do Baixo Alentejo, onde a natureza
ainda é primitiva, lançou o vinho ‘Discórdia’ em 2009, quando 10 hectares de
vinhas foram plantados na propriedade de Paulo Alho, de 550 hectares, integrada
no Parque Natural do Vale do Guadiana e,
em 2017, vê revelados os primeiros frutos. O vinho Discórdia branco 2015 foi
produzido a partir das castas Verdelho, Arinto e Antão Vaz e apresenta uma
grande frescura aromática com notas tropicais e citrinas, final refrescante e
intenso. Também de final intenso, com taninos gulosos, Discórdia tinto 2014 é
composto por Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Touriga Franca e Syrah. Um
vinho intenso, com notas floras e frutos preto. Seu aroma tem notas de fruta
silvestre e ligeiro floral.
O enólogo Diogo Lopes assume que o perfil destas referências “pode
sair do padrão tradicional do Alentejo” de vinhos mais redondos e polidos”.
“Discórdia” é um projeto de “vinhos de raça, muito autênticos e com caráter, que
mantêm uma aresta típica da região”, realça.
A produtividade da vinha ainda é relativamente baixa (cerca de 4
toneladas por hectare), mas outros lançamentos estarão por vir. A aguardar em
garrafa, encontra-se já um Grande Reserva tinto de 2013.
Seu preço aproximado 6€ à 6,5€.
Seu preço aproximado 6€ à 6,5€.
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